segunda-feira, 13 de julho de 2009
Vamos voltar à realidade.
Janela aberta, nem senti! O tempo ruim, sem previsões
Nada de paz! Seus sonhos estão mortos nos lençois
Sem voz, sem ação, suas razões esperançosas dormem a sós: Pim Plim!
TV testa fidelidade, investe em falsa liberdade, te congela entre as imagens
Traz mensagem distorcida das festas e futilidade
Mas jamais vão expor quem chora, atrás dos restos de maquiagem, neguinho
Despertador, Big-Brother, não agüento o quatro!
Sua tranca, seu quarto, seu tempo sentado, seu trago
Seu trampo, sentado, se seguindo, sem ver sentido
Sem teto, seu estado, no estúdio e não avista a intenção do inimigo
Papai Noel veste vermelho e te traz coca
Te lacra na embalagem no escuro e cê nem se toca
Não tem como sair mais já nem nota
Que o mundo é de plástico e tem quem finge não enxergar o que nos sufoca...
Vamos voltar a realidade...
Eles querem nos forçar a amar o que nos não podemos ter
E fazer tu se apaixonar Pelo o que não é você
Tu acha que o Nike é vencer? Chega o momento em que
Tu encara o espelho e não consegue mais se ver
Cadê tua alma? Cadê tua fé, guerreiro?
Cadê teus princípios, Teu sentimento verdadeiro,
Cadê a mulher, cadê o amor, cadê Qual foi? Cadê os parcero?
Vagabundo ta topando tudo por dinheiro...
Na ilusão de ser feliz, Neguinho aceita os que eles disserem...
É o que o diabo quis E o anjo protetor já não interfere
Abdicaram da raiz, Vários irmão se matam em série
Eles alegam: "Nós só tamo dando ao povo o que eles querem"
Cada vez que o ego inflar, Tu se sentir o fodão,
Não esquece que o poder Não tem haver com sensação
Eles estudam o teu sentimento, Exploram tua emoção
Se eles sabem o que tu sente Pode prever sua reação...
Vamos voltar à realidade...
sábado, 11 de julho de 2009
Sentou para descançar como se fosse sábado!
Em sua maioria, as mudanças acontecem sempre com um clima de renovação, de novas práticas e posturas. Entretanto, no caso do conterrâneo Mário, isso ficou para traz. Após passar pelo seu blog (http://marius-sergius.blogspot.com/) e ler algumas matérias e entrevistas sobre e com o Sérgio, percebo que o novo comandante é mais um reflexo de uma corporação falida, sem moral e autoridade e entregue ao corporativismo, corrupção e falta de vontade política para a sua recuperação. O comandante usa do mesmo corporativismo para defender o indefensável, justificar o óbvio, para defender marginais fardados, que desonram a polícia carioca. O comandante ainda sofre de cegueira a ponto de dizer que o ideal não é o confronto, mas que se esse acontecer, a PM tem total condição e formação para atuar. Piada! Chegou pedindo para sair. Na minha visão, claro. Na do Cabral ele chegou tocando o rebu e lendo direitinho a cartilha do atual Governo do Estado.
As comunidades que se preparem, caveira na área. E a imprensa carioca, excelente imprensa diga-se de passagem, em breve deve começar a cobertura dos novos fatos. Vamos aguardar as pérolas que vêm por aí nos jornalões.
Bom, separei parte do texto publicado pelo caro comandante em seu blog: de cara fica claro o problema comum na Polícia Carioca, o desrespeito e a desconsideração com mestres, doutores e que - por alcançarem um certo grau de esclarecimento - acabam sendo ainda mais críticos e perceptivos as ações da corporação, ou do que restou dela. A população quando critica é rotulada como favelados defensores do tráfico, classe média maconheira e os formados, graduados, mestres, recebem o rótulo de ideológicos do blá, blá, blá... como ficou claro o incômodo que esse senhor teve com a apresentação dos convidados que dividiram com ele a mesa de debate em um evento na ALERJ:
“ a terceira é a advogada-professora-doutora, (ou doutora-advogada-professora, sempre me enrolo no uso desses títulos) Roberta Duboc Pedrinha, da universidade Candido Mendes e a última a professora (mestra, doutora, pós-doutora, pós-pós etc.) Patrícia Rivero, do IPEA.”[i/]
Em seguida coloca em dúvida o conteúdo dos convidados por eles serem apresentados como de fato devem ser, passando ao público seu perfil, sua formação. Se ele é só filófoso e chefe da Polícia carioca, isso não vai descredenciar seu conteúdo, ainda mais em um debate na ALERJ. O caro comandante se mostra inseguro.
Outra coisa que me assusta é a forma como ele trata reacionários, como Bolsonaro Filho, um tipo de cidadão que merecia ser expurgado da nossa sociedade, um senhor fascista e defensor de um nacionalismo bem parecido com o que defendia os militares durante a ditadura. Segue o que ele fala do sujeito:
“jovens idealistas como Freixo e Bolsonaro, aconselho a saberem mais sobre esses nossos contemporâneos e importantes parlamentares fluminenses.
“(com exceção dos representantes do estado ali presentes como: eu, minha equipe, o Bolsonaro, uma delegada e um delegado da PCERJ, qualquer que se encontrasse na sessão iria se colocar em oposição ao nosso trabalho)”
O comandante, não diferente dos antigos comandantes e dos representantes do Estado, ainda concorda com o discurso de que a chacina no Complexo do Alemão foi uma ação corriqueira da polícia. Mesmo tendo vários laudos periciais mostrando o contrário. Em tempo, esse senhor também deve defender a postura do soldado Rambo em fumar charuto após deitar marginais. Marginais para ele, que escolheu, julgou e sentenciou. Um trecho da fala do amigo conterrâneo sobre a chacina do complexo do alemão:
“Falaram ainda a professora Pedrinha, que manifestou suas desconfianças sobre as ações policiais no Complexo do Alemão”
E para piorar, o comandante não é flamenguista. Afinal, flamenguista não passa pelo Maraca em dias de jogos do Mengão, ele vai ao Maraca para assistir o glorioso. Hehehe
“Havia se passado uma hora de oratória política dissimulada e isso me incomoda mais do que passar pelo maracanã em dia de jogo do flamengo.”
Outra pérola do comando:
“Alguns cientistas de humanidades às vezes nos lembram os bêbados.”
Ele chegou ao comando agora, com o tempo vai entender que nem sempre se publica o que pensa. Imagina se todas as vítimas da polícia que agora atua sobre o seu comando jogassem na net, no seu blog o que pensam sobre ele e seus soldados?
Não desejamos autos de resistência, senhoras e senhores doutores, desejamos tranqüilidade pública e paz social, para nós, para cada cidadão fluminense e para todos que aqui transitam, como nuestros hermanos argentinos e uruguaios que vivem, trabalham e se divertem ao som do nosso samba.”
Não desejar autos de resistências não significa nada quando não se faz auto-crítica e abre mão do corporativismo que acoberta chacinas e mais chacinas. O amigo filósofo não entende isso e assim, ele soma aos quadros que passaram pelo comando da Polícia Militar carioca sem representar nenhuma mudança para a população do Rio.
Por fim diz: “Não é fácil convencer convencidos.”
Correto comandante, o senhor é prova viva disso.
Sorte à população carioca, com um comandante desses nós vamos precisar. Continuar precisando, aliás.
Paz!
Rodrigo Azevedo
segunda-feira, 6 de julho de 2009
Viva melhor?
Povo, recebi esse e-mail com uma oportunidade de estágio:
Cursando faculdade de Administração, Marketing ou Comunicação do 2º ao 6ºP.;
Experiência em atendimento a clientes ou retenção;¹
Organizada;
Iniciativa;
Disciplinada;
Boa postura.
* FUNÇÃO:
Atendimento a cliente pessoalmente ou por telefone. Gerar relatórios para gerência e diretoria.¹
A empresa oferece:
Bolsa auxílio: R$ 700,00 + VT
Irá trabalhar no Centro/RJ
Horário: 09:00 às 18:00 hs²
Interessados encaminhar currículo para: estagio@vivamelhor.com , com o assunto: "Estágio de Administração/ Marketing/Comunicação Social"
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Li reli e vi que era mais uma furada, eles precisam mesmo é de um operador de telemarketing cursando terceiro grau e que tenha uma lábia um pouco melhor dos operadores comuns. O que já é motivo suficiente para apagar o e-mail, mas... Detalhes fazem toda diferença ou, nesse caso, fazem virar motivo de piada e postagem em blog.
Reparem o nome da empresa: VIVA MELHOR! No site da bendita tem escrito na capa:
*Que valor eu tenho na estrutura familiar?
*Qual é a qualidade do afeto pelo qual me submeto e me entrego?
*O que procuro: prazer sexual ou companhia?
*O que é existir para mim?
*O que eu quero: viver ou durar?
*Até que ponto eu amo e até que ponto exijo ser amado?
Para quem busca respostas para questões como estas, proponho uma análise profunda dos valores, emoções e ações que norteiam a vida.
Amor, solidão, família, trabalho, sexualidade, existência e outros temas são vistos não como são vividos socialmente, mas como são sentidos individualmente por você.
Envie um e-mail para começarmos a conversa.
Esse projetinho aí é uma piada, e olha que nem liguei para lá em busca de mais informações.
Em terra de cego, quem tem olho é rei, e esse tal de Viva Melhor deve ter bastante cliente em sua carteira, a ponto de ampliar seu quadro de funcionários.
Fala sério!
quarta-feira, 1 de julho de 2009
Eu, eu, eu. Ta foda ser eu!
Ser você está cada vez mais difícil, mas não adianta, quando a linha a ser seguida se desvia por completa da razão, tu capota, sofre o acidente e acorda para a vida pensando: cacete, onde eu estava com a cabeça?
E nesses últimos tempos eu refleti horas e horas sobre isso e vi que isso não é um mal só meu, mas uma loucura comum em tempos de vida intensa, constante e surreal. Só que assim, quando
você percebe o que te acontece, você fica um pouco pra baixo, afinal, muito de tudo que lhe cerca é simplesmente fruto da sua imaginação. Aquele amigo não é tão amigo assim, percebe que quando acaba a cerveja ele se manda ou não nem aparece? E quando você não topa o programão basicão e tosco de sexta? Logo você vira um chato, mas pêra lá! Eu sou chato por ter critério e um gosto um pouco melhor? E aquela música sem pé nem cabeça, aquela onda que fica na sua mente direto? É disso mesmo que você gosta? Eu heim, melhor mesmo é tirar poeira dos cd’s, das pastas salvas em minhas músicas e colocar para rolar aqueles porradões que eu sempre gostei.
Grana e mais grana torrada em futilidades. Não que sejamos nerd’s ou super econômicos, mas...quanto tempo mesmo você não investe horas escolhendo um bom livro, e sua coleção de dvd’s de shows, que você adora, qual foi a última vez que comprou um? Deu ruim né?!
Reunião com amigos para curtir um filme, comer uma pipoca e colocar papo em dia? Iiii virou lenda, o lance mesmo é partir pra noitada.
É rapa, tem hora que é bom fazer uma autocrítica e encontrar os erros. Melhor mesmo é ser você, mesmo que seja chato ou previsível para a massa.
E você tem sido você nos últimos tempos?
Em tempo:
- estou lendo um livro muito bacana, longe de tudo que sempre li: reforma íntima. Muito bacana. Vale à pena. Difícil é seguir suas mensagens.
- Parei de beber. E não é lenda, fato. Fato com um ponto de intervalo, no Intercom em Curitiba. Não posso ficar lá sem tomar um porre com os melhores publicitários do Brasil.
- Voltei a malhar, será que consigo? Voltei tb pro basquete , mas percebi que vou demorar um tempinho para voltar a fazer bons jogos.
- O que é twitter? Não consegui gostar disso, nem entender.
- Sarney? Fala sério, Senado é isso aí há décadas. Tem que fechar logo a casa.
Paz!
Azevedo!
Não mentir, ser solidário, ser amigo, não reclamar, agradecer mais, dormir menos.
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Novas tecnologias de comunicação, solução ou stress? Como usar de forma saudável o celular? Eu ando em crise por isso. Falaremos disso na próxima vez que eu vir aqui.